Começando de novo!

Como é bom, poder apreciar o ar que respiro.

E o sono gostoso fora de hora.

Há coisas que trazem refrigério ao coração.

Obrigada Senhor, pelo amanhecer.

Mesmo tendo que seguir em silêncio. . .

Sem poder gritar as dores da alma. . .

Tem uma força que nasce nas entranhas. . .

E que cresce a ponto de mostrar que a vida sempre vale a pena.

O que me importa se as pessoas são mudas?

Se adoram machucar?

Se a traição está no sangue e na alma?

Eu vou seguir. . . sorrindo e amando. . .

Abraçando e recebendo.

Mas não permita Senhor que eu morra

Sem que eu volte para lá!

Sou eu!

Não gosto, nem nunca gostei de pornografia.
O que eu gosto vai além disso. . .

Atinge o âmago, penetra a alma,

Adentra as mais profundas entranhas.

Gosto de erotismo. . . sensualidade.

De palavras doces e instigantes.

Sou de emoção à flor da pele,

Vivo o momento.

E faço deles . . . momentos escaldantes...
Mãos a ferver. . . línguas a se procurar. . .
Abraços apertados. . . por braços fortes e possessivos. . .
Abraços de quem quer mais

De quem desperta um desejo ardente

De quem solta vontades secretas...
Mas lá dentro eu sou ( e sempre serei ) uma doce menina.

Tão simples que corada eu estou, só em pensar.

Fim de meus dias.

Vivo mais uma dia. . . mais um dia sabendo que  pouco tempo me resta.
Que eu não me arrependa dos abraços que não dei,
Do amor que não ofertei,
Do sorriso que não espalhei.
Que eu viva no limite, no limite de tudo o que há de bom.
Distribuindo abraços. . . amor. . . sorrisos.
Que nunca me falte bom humor para viver o resto de meus dias.
E que amanhã eu feche os olhos sem me preocupar com o que ficou.
Sem me preocupar, se alguém vai limpar minha casa. . . 
Ou pagar minhas contas.
Sem me preocupar, se alguém vai sentir minha falta.
Pois tudo o que eu pude eu dei:
Sinceridade, sorrisos e abraços. . . tudo eu ofertei. . .
Porém só recebeu quem quis. . . a ninguém eu obriguei.
Só deixo um pedido. . . não chore por mim. . .
Eu fui feliz. . . mesmo dentro do meu aquário.
E eu tive uma honda. . . então eu tive asas.
E ela me fez sentir o que Deus me ofertou:
O ar mais puro. . . o ar que me invadiu os pulmões. . . 
Limpando e purificado meu interior.
O abraço mais apertado. . . do sol, que que tomou cada parte do meu ser.
Em abraços quentes e fortes. . . 
E a natureza, que invadiu meu interior com verdes e flores.
Que me fez ver que a vida valeu a pena.
E ainda a água. . . da chuva. . . que alcançou cada parte do meu corpo. . . 
Não deixando um milímetro sem o carinho mais manso. . . e mais profundo.
E eu posso me dizer do amor que tive. . .
"Não foi imortal . . .posto que é chama. . . mas foi infinito enquanto durou". 

Por uma Sula. . . triste no momento. . . mas feliz numa vida.